quinta-feira, 6 de março de 2008






A mão dela tocou-lhe no ombro

A dele envolveu a esguia cintura
que há muito o pedia.
O arrepio estava instalado.

Quando os rostos se tocaram

Perdeu-se o pensar,

Ganhou-se o sentir,

A vontade de continuar,

O desejo de nunca parar.

Foram só alguns instantes,

Não era preciso mais,

Não era preciso mais.

Nenhum se apercebeu...

estavam rendidos.
Os olhos entrecruzaram-se

a medo...

Os rostos roçaram de novo.

Os olhares encontraram-se,

Com terror.

Os corpos tremiam

o coração parou.

Se morre-se, ela morria feliz.

nenhum queria parar,

Aquele era o mundo deles.

mais uma vez e outra

os olhos se fixaram,

a intimidade, alojou-se nos dois corpos,

Que agora imunes ao mal,

continuavam

Insinuantemente colados!

Quando ela abriu os olhos

Regressou à infeliz realidade,

eram apenas momentos

de eterna felicidade!

22.05.1998