A mão dela tocou-lhe no ombro
A dele envolveu a esguia cintura
que há muito o pedia.
O arrepio estava instalado.
Quando os rostos se tocaram
Perdeu-se o pensar,
Ganhou-se o sentir,
A vontade de continuar,
O desejo de nunca parar.
Foram só alguns instantes,
Não era preciso mais,
Não era preciso mais.
Nenhum se apercebeu...
estavam rendidos.
Os olhos entrecruzaram-se
a medo...
Os rostos roçaram de novo.
Os olhares encontraram-se,
Com terror.
Os corpos tremiam
o coração parou.
Se morre-se, ela morria feliz.
nenhum queria parar,
Aquele era o mundo deles.
mais uma vez e outra
os olhos se fixaram,
a intimidade, alojou-se nos dois corpos,
Que agora imunes ao mal,
continuavam
Insinuantemente colados!
Quando ela abriu os olhos
Regressou à infeliz realidade,
eram apenas momentos
de eterna felicidade!
22.05.1998
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