segunda-feira, 22 de dezembro de 2008

Bom Ano Novo!


Que agarrem o Mundo com as mãos e o façam rebolar por entre os dedos de acordo com os vossos desejos!

Natal


Feliz Natal!

quarta-feira, 12 de novembro de 2008

Podes chamar-me um anjo?

Para todo o lado onde olhe
Nada parece completo
Continuo à procura
da melhor parte de mim!
Coloquei a mão na minha alma...
Encontrei o teu toque
Quando me acarinhavas
Como se fosse a ultima vez
Quando me abraçavas
Como se fosse para sempre
Quando me beijavas
Como se nunca mais me fosses ver
Quando me amavas
Como se não tivesses chão...e voavas
E se eu não tivesse mais tempo?
Mais tempo para estar aqui
Proteger-me-ias, seria a minha sombra?
Eras tudo o que eu procurava...
Hoje sinto que não pertenço a lado nenhum
O peso que tenho
Não me deixa caminhar
Quero encontrar o tempo
Para chegar a lado algum
Mas é uma longa estrada, para viajar
Para chegar ao Céu
Mas tenho de lá chegar
Podes chamar-me um anjo?
Que me abraçe como se fosse a ultima vez...
Ainda bem que te conheci...




12.11.2008

quarta-feira, 22 de outubro de 2008

O que tentamos alcançar?


A morte chega cedo
Pois breve é toda a vida
O instante é o arremedo
De uma coisa perdida
O amor foi começado
O ideal não acabou,
E quem tenha alcançado
Não sabe o que alcançou.
E tudo isto a morte
Risca por não estar certo
No caderno da sorte
Que Deus deixou aberto

Fernando Pessoa

E quem tenha alcançado, não sabe o que alcançou... A grande maioria das pessoas a quem pergunto qual é o seu objectivo na vida, o seu maior objectivo responde-me " Ser feliz"! Eu pergunto " E quando achas que terás alcançado esse objectivo?" Ao que me respondem "Pois...não sei..." Isto não é estranho? Como para mim a felicidade não é um objectivo é algo que tem de ser inerente à vida, algo que nos aparece no dia-a-dia em pequenas coisas... constato que a maioria das pessoas vivem sem objectivos! Bom até eu propria, eu costumo responder que o meu objectivo é viver a vida o melhor que posso e coleccionar o maior numero de particulas de felicidade que conseguir obter ao longo da minha vida... A felicidade só pode estar dentro de nós!! Objectivo principal amar tudo e todos de forma incondicional...isso traz-me muitas particulas de felicidade... E tu? O que é para ti a felicidade?

quarta-feira, 20 de agosto de 2008

Isabella adorava aquelas noites de Verão. Soprava uma brisa quente e os seus cabelos esvoaçavam numa melodia de notas musicais. A lua estava baixa, era uma daquelas luas que parecem tiradas de um postal. O mar estava sereno, parecia um espelho que reflectia os sonhos da lua, estava sarapintado com uma chuvinha de estrelas que esta lhe lançava e apenas o horizonte os separava... O mar estava tão calmo que parecia ser a continuação do céu, parecia que faziam parte um do outro, cada um um deles poderia ver o passado e o futuro no outro, como se tudo se completasse, como se não existisse nem inicio, nem fim... Para Isabella a vida começava e acabava ali.
Francisco afagou-lhe o cabelo, Isabella olhou para ele e viu nos seus olhos verdes, reflectida a sua vida, naqueles olhos que tanta ternura lhe transmitiam, abraçou-o profundamente.
Atrás o mundo dormia...
O abraço unificou-os e ambos sentiam ser parte um do outro, cada um reflectia o seu passado e futuro no outro, tudo se completava, não existia nem inicio, nem fim.
Isabella sentia um manto de aconchego quando se aninhava nos braços de Francisco.
Ficaram horas a conversar naquela praia, de fantasias, sonhos, receios, o tempo parecia ter parado como se uma objectiva tivesse captado aquele momento para sempre ou um pintor o tivesse eternizado numa tela pintada a aguarelas.
Isabella olhava para Francisco, ouvia-o com um sorriso nos lábios e fitava os seus olhos como se mergulhasse no seu livro de aventuras. Francisco passava-lhe a mão pelos cabelos e inalava o cheiro do seu shampô cujo o aroma flutuava em toda a praia.
A brisa soprou mais forte e Isabella encostou a cabeça no seu ombro pedindo o seu calor.
Francisco disse-lhe:
- Gosto da tua voz e de te ouvir falar. As tuas histórias transmitem sempre esperança, principalmente as da tua infancia...
- Agrada-me que me gostes de ouvir... sinto que posso abrir-te o meu livro até ao mais infimo pormenor. Gosto de partilhar a minha vida contigo. És muito querido e mostras interesse ao ouvir-me. Gosto muito de ti! - respondeu Isabella.
Neste momento, a brisa tornou-se vento e começou a soprar mais forte.
De repente o mar tornou-se agitado, o ar ficou gélido, apareceram nuvens escuras que taparam o luar e desapareceram as estrelinhas que salpicavam o mar.
À frente de Isabella e Francisco abeiraram-se grandes vagas que includiam na areia da praia. O vento tornou-se tão forte que arrancou Francisco dos braços de Isabella.
Isabella gritava e tentava não largar a sua mão, como se a sua vida dependesse daquele momento. Perderam-se as forças e Francisco foi levado pelo vento e engolido pelo ar na escuridão. Isabella fico só e gritava por ele desesperada!
Acordou aos gritos na cama com o suor a escorrer-lhe pela face e ouviu uma voz melodiosa dizendo-lhe:
- Tem calma querida, eu estou aqui, foi apenas um pesadelo!
Era Samuel, o seu marido, Isabella sossegou... Olhou em volta e viu que estava em casa, na sua casa, no aconchego do seu lar. As paredes estavam pintadas em cor de beije, as cortinas eram brancas e esvoaçavam suavemente pela brisa que entrava pela nesga da janela. Havia um espanta espiritos pendurado que emanava uma melodia suave composta pela luz de pirilampos. Isabella voltou a adormecer.
Quando amanheceu levantou-se e ouviu vozes de crianças.
- Mãmã, Mãmã, vamos jogar às escondidas no jardim!!!
- Esperem meus queridos, primeiro vamos tomar o pequeno almoço! - respondeu Isbella.
- Como está um dia de Primavera, vamos tomar o pequeno almoço no jardim. - sugeriu Samuel pegando nas duas crianças, Paulo e Inês, ao colo.
Isabella esboçou um sorriso que irradiava a paz que sentia naquele ambiente, agradou-lhe a ideia.
A familia, toda reunida, iniciou os preparativos com grande alegria. As crianças euforicas queriam pegar em tudo ao mesmo tempo, no pão, nos sumos, nos cereias e acabavam por tropeçar uma na outra, contagiando a casa de raios coloridos e jubilados.
Isabella olhava para todo o cenário e pensava "Esta é a minha casa, a minha familia. É neles que me encontro e me equilibro, é o meu mundo, o meu lugar..."
Samuel era um homem amável e atencioso que tratava Isabella como sua rainha e depositava nela todo a sua esperança na vida, todos os seus sonhos, todo o seu futuro. Havia-a abraçado à 12 anos atrás para percorrerem juntos o seu fado, unidos por um amor eterno.
Paulo tinha 6 anos e Inês tinha 4 eram ambos crianças amaveis e divertidas com aquela vivacidade que só as crianças têm e que se vai perdendo à medida que se cresce e desaparece à medida que se envelhece. Os seus olhares iluminavam a estrada de Isabella e de Samuel.
"Sim, este é o meu lugar!", pensou, novamente Isabella, colhendo três rosas vermelhas e colocando-as numa jarra para fazer de enfeite à mesa de ferro do jardim.
O pequeno almoço decorria animado com as crianças a recordarem as suas aventuras do dia anterior na piscina. Samuel ria com as suas observações e Isabella observava divirtida, o entusiasmo das duas crianças.
Levantou-se e foi à cozinha buscar mais pão olhou de soslaio pela janela e viu umas nuvens cinzentas a caminharem na direcção do jardim, abeirou-se da janela e gritou:
- Samuel! Meninos! É melhor terminarmos o pequeno almoço dentro de casa porque vai começar a chuviscar!
Fechou a janela, pousou o cesto do pão em cima da bancada e começou a ouvir uns pingos de chuva a baterem na vidraças. Primeiro, suavemente mas depois com uma intensidade que jamais tinha ouvido antes. Preocupada olhou novamente pela janela e viu o jardim da sua casa a ficar completamente inundado. As três rosas flutuavam agora ao pé da sua janela. Correu para a porta mas não a conseguia abrir. Gritou pelo marido e pelos filhos. Ouvia as suas vozes ao longe mas não os conseguia avistar. Isabella batia na porta, como se a sua vida dependesse daquele momento, tentava abri-la mas não tinha forças. Cada vez as vozes da sua familia se afastavam mais e mais... a água atingira já o nivel da janela da cozinha. Isabella deixou-se cair no chão...
Acordou a chorar...
Olhou em volta e viu o seu quarto. A penúmbra apenas era interrompida por um raio de luz que rasgava pela janela. As paredes cinzentas reflectiam a alma de Isabella. Ao seu lado jazia um vazio, estava sozinha.
Naquela altura era muito dificil a mulher conseguir a custodia dos filhos. Os homens é que sustentavam a casa e as mulherem não tinham quaisquer direitos. Samuel descobrira tudo, resolvera divorciar-se e Isabella fora afastada da familia, do seu rio e abandonada num qualquer afluente, poluido, cujas águas estavam estagnadas e enfermes e que emanavam um cheiro nauseabundo. Tudo porque, sem querer, sem nada procurar Isabella se havia apaixonado por Francisco naquele Verão.
Isabella chorava. Sentia-se culpada por tudo. Por ter deixado que aquela situação acontecesse. Por se ter enamorado e encantado por aquele homem, por se ter deixado envolver nos seus braços. Mas, a verdade era que nenhum homem a fazia sentir tão completa, tão enaltecida, tão amada. Naquele Verão haviam passado tardes e noites inteiras a conversar sob a lua com o mar como testemunha. Haviam marcado encontros secretos em paisagens que Deus lhes enviara para viverem o seu amor, para se encontrarem um no outro, para agarrarem estrelas e construiram galáxias.
Sim, é verdade que Isabella havia ponderado muitas vezes em deixar Samuel para viver aquele amor, tinha a nitida sensação que com ele encontraria a felicidade, a compleição, a plenitude...mas haviam as crianças... e ponderava o que era a felicidade? Se esta existia mesmo? Se ela só existe porque não damos valor às coisas e a figuramos nesta palavra desculpas para o que nos faz falta... se seria ela feliz com o Samuel? Com a sua familia? Se a felicidade não serão pequenos momentos que nos fazem sentir bem, pequenas particulas que temos de agarrar ao longo da vida. A felicidade plena existirá?... resolveu deixar aquele amor por viver e escolheu a felicidade que já conhecia, que tinha a certeza que podia viver...não podia abandonar o seu ninho por uma felicidade hipotética que não sabia algum dia se concretizaria...
Mas, agora, havia perdido tudo, o Samuel, os seus filhos...o Francisco...estava sozinha...
Bateram à porta, quem seria? Ninguem sabia que Isabella vivia ali, naquela cave de um prédio na parte velha da cidade. Abriu e não viu ninguem. Olhou para baixo e viu um embrulho. Rasgou o papel, era um livro! Começou a folhear e no meio vinha um bilhete onde estava escrito "Encontrei-te! Dar-te-ei para sempre a mão! A nossa história não tem inicio nem fim.. falta-me uma estrela para construir uma galáxia...". Isabella sentou-se no chão e percorreu na memória toda a sua história. Sorriu.

segunda-feira, 21 de julho de 2008

Há pessoas... (memórias)

Pois é, há pessoas assim...
Tantas pessoas passam por nós na vida!!!
E nós? Nós também passamos pela vida de tantas pessoas.
Será que elas se lembram de nós como nós nos lembramos delas?
Eu, por mim, nunca esqueceria ninguem!
Se soubesse escrever, se tivesse imaginação escreveria um livro onde desenharia as personagens das pessoas que passaram pela minha vida. Compunha para elas uma histórias onde elas fossem felizes e eternizava todos os momentos que com elas passei...
Gosto de fazer um exercicio que me ajuda a perceber o quanto que significam as pessoas que me rodeiam. Imagino que estou a morrer e que no ultimo dia da minha vida tenho a oportunidade de dizer às pessoas que passaram pela minha vida algumas palavras...
Quando faço este exercicio só me vêm coisas boas à cabeça, só as qualidades das pessoas me saltam à vista, o que as pessoas significaram para mim e o quão importante foram na minha vida, o quanto me fizeram crescer!
Penso que é pena que não transmitamos estas nossas opiniões e sentimentos no dia a dia...porque não fazemos transparecer a importancia que as pessoas têm para nós?
E elas? O que nos diriam? O que pensam de nós? Também gostava que mo dissessem para poder conhecer-me melhor e crescer!
Quase nunca me esqueço de ninguem que tenha passado pela minha vida, muito embora hajam pessoas de que nunca mas nunca me esquecerei...
Aquelas pessoas especiais de que falei no post anterior...é claro que essas pessoas além de não me esquecer serão sempre um pedaço de mim porque foram tão importantes na minha vida que hoje sou eu mesma um pouco de cada uma delas...
As memorias? Essas permanecerão sempre e com elas saberei quem essas pessoas são e onde elas estarão... Haverão sempre pessoas assim...

quarta-feira, 9 de julho de 2008

Há pessoas...


Há pessoas que passam por nós na vida como aquelas que passam por nós nos passeios. Aquelas que olhamos, vemos a sua fisionomia no geral, sentimos o cheiro do seu perfume por uns milésimos de segundo e deixamo-las ir sem qualquer tipo de sentimento...

Há pessoas que aparecem nas nossas vidas e aqui permanecem durante uns tempos, como quando vamos passar férias a algum lugar. Chegamos lá, retiramos o que há de melhor na terra, usufruimos dos cheiros, do toque, dos sabores, dedicamo-nos àquela terra durante uns tempos e quando vamos embora fazemos promessas de lá voltar, como se aquela terra fosse a melhor terra do mundo! Mas depois, já não lá voltamos ou se voltamos não sentimos o impacto de outrora.

Há pessoas que aparecem e ficam uns bons tempos, como quando compramos um carro e afirmamos que este vai ficar para uns dez anos... Usufruimos dele como se ele fosse nosso a longo prazo e efectivamente achamos que vai ser, mas... acontecem imprevistos que nos fazem vende-lo mais cedo - a familia cresce, temos uns acidente - e desfazemo-nos dele com a esperança de que o proximo será melhor.

Há pessoas que aparecem e ficam. Ficam na perpectiva de ser para sempre, ficam na perpectiva de crescermos juntos e nelas vivermos todo o tutano das nossas vidas. Como quando compramos um grande T3 e achamos que esta casa vai ficar para sempre porque nos sentimos plenamente satisfeitos, com um enorme espaço, luz, cor, etc. Nela vivemos uns longos anos, fazendo nela a nossa vida, o nosso nucleo, o nosso aconchego partilhando as nossas alegrias e tristezas, as nossas paixões, os nossos amores, tudo se centra nela...

Mas, às vezes começamos a achar que ela não é suficiente, começamos a sentir que afinal até pode ser pequena, porque no desenrolar da vida vamos acumulando tanta coisa que quando olhamos para ela está cheia, a abarrotar, parece até que não tem espaço para nós... e aí sentimos que o melhor seria mudar para uma vivenda...

Há pessoas que passam pelas nossas vidas e nela deixam marcas profundas. Com elas aprendemos coisas novas, com elas vemos o mundo com outros olhos, com elas acordamos para outras realidades... Essas pessoas são as pessoas interessantes que por vezes nos despertam de um sono profundo e nos fazem voltar a viver para horizontes mais distantes...

Há pessoas que fazem sobressair os nossos defeitos. Não porque sejam más pessoas mas sim porque as suas qualidade não enaltecem as nossas, as suas qualidades não se encontram nas nossas, não se entrelaçam como os ramos da heras nos muros dos quintais, não vêem com o nosso olhar...

Há pessoas... Sim, há pessoas que nos fazem voar... Que tornam tudo mais belo, que se encontram em nós, que entram em simbiose quase que completa.

Essas pessoas conseguem connosco agarrar as estrelas e construir galáxias, conseguem agarrar os raios do sol e colocá-los no nosso olhar, conseguem olhar para a lua e ver um gomo de uma laranja, conseguem abrir a nossa caixinha de segredos e lê-los como se fossem histórias de um livro. Essas pessoas conseguem acariciar o nosso corpo como se fosse a mais pura seda macia e reluzente, conseguem absorver todas as cores nos nossos olhos, coloca-las numa paleta para pintar a nossa vida!

Estas são as pessoas especiais! São aquelas que só a nós se ligam, que só connosco se encontram, aquelas em que nós adormecemos e depositamos todos os nossos sonhos...

Pois é, há pessoas assim!

segunda-feira, 16 de junho de 2008


Roendo uma laranja na falésia
Olhando o mundo azul à minha frente,
Ouvindo um rouxinol nas redondezas,
No calmo improviso do poente
Em baixo fogos trémulos nas tendas
Ao largo as águas brilham como prata
E a brisa vai contando velhas lendas
De portos e baías de piratas
Havia um pessegueiro na ilha
Plantado por um Vizir de Odemira
Que dizem que por amor se matou novo
Aqui, no lugar de Porto Côvo
A lua já desceu sobre esta paz
E reina sobre todo este luzeiro
Á volta toda a vida se compraz
Enquanto um sargo assa no brazeiro
Ao longe a cidadela de um navio
Acende-se no mar como um desejo
Por trás de mim o bafo do estio
Devolve-me à lembrança o Alentejo
Havia um pessegueiro na ilha
Plantado por um Vizir de Odemira
Que dizem que por amor se matou novo
Aqui, no lugar de Porto Côvo
Roendo uma laranja na falésia
Olhando à minha frente o azul escuro
Podia ser um peixe na maré
Nadando sem passado nem futuro
Havia um pessegueiro na ilha
Plantado por um Vizir de Odemira
Que dizem que por amor se matou novo
Aqui, no lugar de Porto Côvo
Para mais tarde recordar...

quinta-feira, 5 de junho de 2008

"Estar com os Outros"

Finalmente dei um passo, em frente, para introduzir na minha vida algo de muito util e imprescindivel: Ajudar o proximo!
É verdade que pudemos ajudar o Próximo em muitas situações do nosso quotidiano, na rua, quando vemos um sem abrigo, no trabalho, quando um colega precisa de apoio, em casa quando um membro da nossa familia se sente triste...
Mas, além dessas situações podemos dedicarmo-nos à solidariedade, altruísmo e partilha de uma forma ainda mais reiterada e ajudando pessoas que estão desprotegidas na vida.
Assim, fiz uma busca interior para perceber que pessoas estaria eu mais apta para apoiar de acordo com a minha experiência de vida... Haveriam dois grupo que me agradaria muito ajudar: as crianças e os idosos. As crianças pela sua ingenuidade e esperança no olhar; os idosos para sua vertente empirica à qual a nossa sociedade deveria dar valor e retirar exemplos para criar um mundo melhor... Ora, tendo em conta as minhas vivências achei que estaria mais apta a ajudar e apoiar as crianças por ter tido uma muito maior convivência com elas durante a minha vida.
Fui visitar uma Instituição de apoio temporário a crianças desprotegidas... e realmente vi que elas precisam de apoio tanto material como emocional. E que, tal como nós elas precisam de cuidados básicos, colo e uma atenção individualizada...
Já se imaginaram, enquanto crianças não terem uma casa, uma mãe, um pai, uma familia em quem se apoiar? Já se imaginaram num mundo, em que, enquanto crianças ainda estariam a percepcionar e a aprender e não terem ninguem para vos ensinar? Numa altura em que apenas deveriam estar a aprendê-lo terem de "decidir" e não terem ninguem a vos dizer o que fazer, quando fazer e porque o fazer?
Pois é, estas crianças estão sem uma base tão nuclear e essencial com uma familia... estas crianças estariam por sua conta se não houvessem pessoas com a preocupação e amor bastante para dividi-lo com elas.
Decidi contribuir para a promoção da qualidade de vida destas crianças por forma a aumentar o seu bem estar e a melhorar a sua vida enquanto seres humanos... decidi partilhar o meu amor e os meus carinhos com elas para que elas, mais tarde, também possam tramitir amor às pessoas que as rodeiam e contrinuir assim para que o nosso Mundo seja, não um mundo perfeito, tal seria uma utopia, mas, simplesmente... um Mundo MELHOR!
"Posso não ser ninguem no mundo, mas já seria optimos se ajudasse o Mundo de alguém!"

sexta-feira, 16 de maio de 2008

Big bottoms are good for health


It's the news women everywhere have been waiting to hear - bigger bottoms could be better for our health, new research suggests. Scientists say that body fat under the skin - especially on the buttocks - could cut the risk of developing type 2 diabetes. Experts believe that 'subcutaneous' fat could produce hormones known as adipokines, which boost metabolism. After tests on mice, where the subcutaneous fat was moved to the abdominal area, there was a decrease in body weight, fat mass and blood sugar levels. By contrast, moving fat to other areas of the body had no effect whatsoever. Lead researcher Professor Ronald Khan said: 'The surprising thing was that it wasn't where the fat was located, it was the kind of fat that was the most important variable. 'Even more surprising, it wasn't that abdominal fat was exerting negative effects, but that subcutaneous fat was producing a good effect.' Dr Ian Campbell, medical director of the charity Weight Concern, said: 'If there is something about subcutaneous fat which is protective, and actually decreases insulin resistance, this could help open up a whole new debate on the precise role fat has on our metabolism.'
Thursday 8 May 2008

quarta-feira, 14 de maio de 2008

Proíbido fumar e comer pastilhas?




Venho alertar para uma situação de veras grave que acontece em todos os restaurantes que optaram por ser não fumadores. NÃO EXISTE QUALQUER LOCAL ONDE OS VICIADOS EM PASTILHAS POSSAM DEITÁ-LAS FORA!!!!!!

Pois é amigos...uma pessoa que entre num restaurante a mascar uma bela pastilha não tem outro remédio senão levantar-se e ir à casa-de-banho ou ao caixote do lixo mais proximo para a deitar fora!

Esta situação é inadmissivel pois além de ser proibido fumar os clientes têm de se lembrar de deitar a pastilha fora antes de entrarem no restaurante, caso contrário quando são confrontados com a comidinha à mesa ficam a pensar: e agora, onde é que eu ponho a pastilha?

Acho que os donos dos restaurantes deviam pensar em inventar uma qualquer coisa como "pastilheiros" em substituição dos cinzeiros que antes existiam em cima das mesas.

Fica a nota...

segunda-feira, 12 de maio de 2008



Sim, sim muitos parabéns!

quinta-feira, 8 de maio de 2008

O que sonharam hoje?


Todas as pessoas na terra sonham todas as noites - todos os mamíferos, de facto sonham todas as noites. É muito importante que sonhemos enquanto dormimos ou acordados, não obstante no mundo industrializado, a maioria das pessoas prestarem pouca atenção aos sonhos, às vezes, eles próprios podem criar possiveis mudanças. Na nossa sociedade, muitas vezes dormir e sonhar é visto como uma perda de tempo, ou na melhor das hipóteses tempos improdutivos. É espantoso como nós geralmente ignoramos esta nossa faceta de nós próprios, os nossos sonhos.
Uma analogia apropriada para a grandiosidade deste fenómeno era a incrível não aceitação, na Idade Média, de que a terra era redonda. O ponto de observação de Galileo dos outros planetas e suas luas ou as viagens de Colombo ou de outros exploradores através do oceano provaram efectivamente o contrário. As pessoas através da sua experiência quotidiana contrariavam a ideia de uma Terra esférica porque não tinham uma perspectiva de fora do sistema.
Do mesmo modo, os sonhos situam-se numa outra dimensão inteira de experiências, um mundo que ainda não foi explorado pela maioria das pessoas, onde uma fascinante esfera de actividade aguarda um inquérito e uma eventual colheita de uma maior satisfação em vigília pela vida. O desafio é novamente o mesmo - a experiência diária para a maioria das pessoas oferece pouca prova desta outra realidade, muito menos o valor possível da outra dimensão, desta experiência, a menos que se possa ter uma perspectiva apenas fora das 9h às 18h e um objectivo de natureza puramente científica do sistema.
As aptidões mentais relacionadas com os sonhos ou com as recordações ou com a interpretação de informações sobre temas como o significado de pesadelos e sonhos cognitivos nunca é um tema muito abordado e pouco valor damos aos sonhos ao longo das nossas vidas.
Por isso, não é invulgar que muitos adultos não se lembrem dos sonhos, e ainda mais raramente contemplem ou tentem definir a orientação ou a inspiração criativa escondida abaixo da superfície da sua consciência.
No fundo, ninguém nos disse ou mostrou como os sonhos podem ser extremamente práticos. Por exemplo, se o seu filho tem constantemente pesadelos ou sonha muitas vezes com algo identico isto pode significar que um problema o persegue, um medo. Por outro lado, os sonhos podem-nos ajudar a descobrir as nossas verdadeiras aptidões e vocações, é interessante tentarmos comparar os sonhos de um matemático ou de um filosofo, ou de um designer, ou de um poeta e veremos como o seu cerebro estará naturalmente vocacionado para um raciocinio lógico ou abstracto, colorido ou incolor, etc.
O resultado da tendência de desrespeitar/não validar os sonhos trouxe, em minha opinião, à sociedade actual concepções erradas sobre o valor dos sonhos que não só são cruciais para a actividade cerebral mas também representam uma conexão com o nosso verdadeiro Eu subconsciente e profundo. Este mundo para muitos artificial é indirectamente, ou mesmo directamente a fonte de inspiração para muitos dos nossos artistas, escultores, escritores, poetas, pintores, designers, etc.
Uma solução para um reequilíbrio e integração pessoal será cada um de nós perceber e começar a analisar de que forma os nossos sonhos pessoais a cada noite serão uma oferta directa, um meio para explorar e ganhar uma realidade interior única, bem como inegáveis experiências pessoais de profundo valor.

Além disso, há que pensar que a esmagadora dos sonhos podem ser aplicados de várias maneiras para melhorar a nossa vida, recordando Shakespeare "Tive uma visão extraordinária. Tive um sonho, que não há entendimento humano capaz de dizer que sonho foi. Não passará de um grande asno quem quiser explicar esse sonho. Parece-me que eu era... Não há quem seja capaz de dizer o que eu era. Parece-me que eu era... e parece-me que eu tinha... Só um bufão maltrapilho seria capaz de tentar explicar o que me pareceu que eu era. Não há olho de homem que tenha visto, nem orelha de homem que tenha ouvido, nem mãos de homem que tenham gostado, nem língua que haja concebido, nem coração que haja relatado o que foi o meu sonho. Vou pedir a Peter Quince que escreva uma balada a respeito desse sonho, que receberá o título de "O sonho de Bottom", por ser um sonho embotado, e a cantarei no
fim da peça, diante do duque. É possível, até, que, para deixá-la mais graciosa, eu a cante depois da morte de Tisbe."
Os sonhos podem realmente oferecer oportunidades de diversão, aventura, desejo cumprimento, criatividade, visão profunda de nós mesmos e do mundo, que podemos usar para criarmos tudo o que quiseremos como uma forma de exprimir os nossos sentimentos- e tudo isto sem qualquer custo!


O que sonharam hoje?

terça-feira, 29 de abril de 2008

Miragem

Tomei a liberdade de publicar este texto. Espero que Alguem não se importe...
"Foi quando a vi. Vinha ela a entrar a porta do prédio. Deslumbrante, vestia rosa e umas calças de ganga justas que deixavam ver as perfeitas formas do seu corpo.
O seu semblante era sereno, descomprometido, mas numa segunda análise parecia habitar nos seus olhos a profundidade do espírito. Reparei também na sua boca e nos seus lábios. Eram bonitos e sorriam para mim.
De pé, à espera do elevador, tentava manter uma distância de segurança, mas aquela mulher parecia ter um íman que me inebriava a alma. Começou a olhar para mim, aos poucos, como se procurasse compreender os meus pensamentos. E eu sentia-me bem, aconchegado, que a conhecia de longa data. Começava a ser difícil resistir àquela valsa de olhares.
Depois de uma eternidade à espera do elevador, que no entanto não me pareceu uma eternidade, eis que as portas se abrem. Fiz-lhe a pergunta mais inteligente que se pode fazer a uma pessoa quando espera um ascensor no rés do chão, num prédio que não tem cave: “Vai subir?”. Respondeu-me que sim e pedia-me que marcasse para o 6.º andar. Ela para lá que eu ia. Era estranho, pois os andares eram únicos, com um só proprietário, e nunca a vira por ali. Poderia ser uma visita, uma cliente, uma familiar…Mas tinha um forte pressentimento que não seria nada disso…Cheirava-me a aparição, a estrela cadente, a uma luz que me encadeara o raciocínio. Via um anjo que se atravessara de rompante na minha vida. Agora comunicávamo-nos por leves toques que dávamos devido ao pequeno espaço a que estávamos confinados. Desejei que ficássemos ali presos durante horas, que me permitisse conhecê-la, conversar, abraçá-la…Todas estas sensações eram novas para mim, assaltava-me um sentimento de desejo muito forte, combinando o físico e o psicológico. Mas eu não a conhecia…Findámos o nosso breve percurso e saímos. Finalmente, ganhei coragem e perguntei-lhe quem era, o que queria…Porquê tamanhos olhares e porque é que os nossos momentos de silêncio foram tão preenchidos de pensamentos?!
Respondeu-me que sempre estivera em mim e que só agora nos havíamos encontrado.
Olhei para ela e só vi um verdadeiro anjo que acabara de esbarrar na minha condição de ser humano.

Porque é que por vezes nos cruzamos com pessoas que, afinal, conhecemos desde sempre? Porque é que existe uma relação para além do racional entre certas pessoas? O que nos leva a sentirmo-nos mais atraídos por umas pessoas do que por outras? Nunca perguntei nada disto ao Joaquim, ao meu grande amigo Joaquim. Tinha estudado para cientista e nunca achara a fórmula mágica para o seu próprio amor. Disse em tempos que a química poderia explicar algumas reacções físicas do nosso corpo. Mas até hoje fiquei na dúvida. Não sabia se estaria a brincar comigo…
Tive vontade de lhe telefonar para que me debitasse a teoria de algum alemão ou japonês, daqueles sobredotados da ciência, e que me fizesse entender como tudo se passa dentro do nosso corpo humano, da nossa mente…

Senti que naquele elevador a minha respiração me havia traído e que o meu olhar me tinha denunciado. A minha linguagem corporal não obedecera ao que o meu cérebro lhe ordenava. Que ficasse quieto e sereno, que prosseguisse a minha vida e que não me deixasse atrair por aquele vulto celestial. Tudo isso me metia confusão e, eventualmente, só o Joaquim me poderia ajudar. Telefono, mas vai para o voice mail... Ainda não é hoje que ouço a brilhante explicação da Ciência!É de madrugada e estou no trânsito da enorme artéria citadina. Parte da minha cidade ainda se aconchega aos cobertores, mas naquele dia eu havia repelido, bem cedo, os lençóis da minha cama. A sinfonia ordenada de bocejos passa de carro para carro...As pessoas não conversam e deixam-se olhar para o infinito...entre um bocejo e outro. Onde está a química entre aqueles casais que vou observando? Foi sugada pelo quotidiano do trabalho e da rotina? Talvez...
De um breve soslaio, reparo na mulher que me havia de novo feito sonhar num pequeno elevador. Jovem, confiante, lá vai ela, nada a abala. E, contudo, o seu semblante continua sereno, serenando o meu. Havia caído o sinal vermelho e saio do carro. Chamo-a e corro em sua direcção. Não a encontro...Perdi-a ao dobrar da esquina, na lomba da curva. Ela existe, quem é? Terei sonhado? Ninguém consegue desaparecer tão rapidamente.

Olho para o chão e vejo um lenço caído. Apanho-o. Tem o seu perfume...Assalta-me uma enorme vontade de lho colocar ao pescoço e de ficar com ela. Mas já não a avisto, já não a avisto.
Aquele lenço foi um sinal para mim...aquela mulher existia, ainda que num plano abstracto, ainda que num horizonte longínquo. Só tinha agora que a encontrar e conquistá-la. "

Vinicius de Moraes



"A maior solidão é a do ser que não ama. A maior solidão é a dor do ser que se ausenta, que se defende, que se fecha, que se recusa a participar da vida humana.A maior solidão é a do homem encerrado em si mesmo, no absoluto de si mesmo,o que não dá a quem pede o que ele pode dar de amor, de amizade, de socorro.O maior solitário é o que tem medo de amar, o que tem medo de ferir e ferir-se,o ser casto da mulher, do amigo, do povo, do mundo. Esse queima como uma lâmpada triste, cujo reflexo entristece também tudo em torno. Ele é a angústia do mundo que o reflete. Ele é o que se recusa às verdadeiras fontes de emoção, as que são o patrimônio de todos, e, encerrado em seu duro privilégio, semeia pedras do alto de sua fria e desolada torre." http://www.viniciusdemoraes.com.br/

quarta-feira, 23 de abril de 2008

Subir ao Everest...



Alguem um dia me disse o seguinte:
"Para chegarmos ao topo do mundo necessitamos de várias coisas, entre elas:
-coragem
-atitude
-vontade
-horizontes
Mas acima de tudo é preciso coração. Um coração capaz de contemplar o que de mais belo existe...E é belo porque te transcende o entendimento, transcende os meus padrões de beleza, ultrapassa as nossas barreiras do imaginário...
Uma das coisas que admiro em ti é a preserverança...estás convencida que mesmo com o baú aparentemente aberto ainda não viste tudo...ainda existe mais por descobrir...
Pessoalmente, acho que tens razão...E que vale a pena escavar e escavar!
Mas também não tenho dúvida de que para amar o Mundo e os outros é necessário um enorme coração...E isso foi algo com que foste agraciada...um coração...
Espero um dia ver-te no topo do Mundo!"
Pois, realmente nós somos diferentes para cada pessoa e cada pessoa nos vê à sua maneira...
Para uns podemos ser maus, para outros podemos ser bons, para outros podemos ser carinhosos, para outros podemos ser brutos, para outros podemos ser alegres, para outros podemos ser melancolicos...etc.
Sim, é verdade, eu posso ser tudo isso e muito mais. Cada pessoa tem uma grande versatilidade para ser aquilo que se lhe proporciona ser, em cada momento da sua vida.
Mas sim, existem traços caracteristicos de cada pessoa e talvez exista um padrão comportamental de cada sexo... Já leram aquele livro "os Homens são de Marte e as Mulheres são de Venús"? Pois se não, nunca é tarde para nos compreendermos melhor, a nós e aos outros (outros, leia-se "Homens", no meu caso!) Aliás irei fazer um post sobre este livro...
Mas para quem, um dia, me disse as palavras acima, agradeço por me ver de uma forma tão graciosa e me ter feito sentir uma melhor pessoa, uma pessoa especial. Espero conseguir também fazê-lo a todas as pessoas que me rodeiam para que todos possamos viver uma vida especial num Mundo especial...
Façam a vossa "Bucket List"!!!

segunda-feira, 21 de abril de 2008

Nunca é tarde...


Chamou-me à realidade, que eu já sabia existir, mas que me recusava aceitar, que nunca é tarde para vivermos os nossos sonhos. Isto pode parecer demasiado idealista mas era assim que deveria ser...
Vivemos a vida demasiado embrenhados no dia a dia, na monotonia do que é conseguir ganhar dinheiro para ter uma vida melhor e esquece-mo-nos de tudo o resto... Sentimentos, emoções, valores, principios...
Como seria se escolhessemos como queriamos que fosse a nossa vida? Certamente, eu não estaria neste momento a trabalhar, não teria despesas para pagar, não teria horários para cumprir.
Se calhar eu estaria num qualquer país a usufruir de magnificas paisagens, com os meus amigos, com novos amigos, se calhar estaria a ajudar alguém que precisaria de apoio, de colo, de conforto, se calhar estaria a saltar de um avião e flutuar com um pára-quedas nas ondas do vento como se pudesse voar...
Um dia conheci uma pessoa que não se contentava com a vida tal e qual como ela é. Que queria desbravar o mundo em busca de algo que desconhecia, que não conseguia viver apenas neste pequeno quadradinho que é a nossa vida mas que tinha uma visão muito mais global do que é estar vivo. Acho que seria assim que a maioria das pessoas quereria viver. Quereria vaguear pelo mundo a descobrir o desconhecido, a experiênciar tudo e todos, a absorver todos os cheiros, a sentir todos os sabores a ver todas as cores, a tactear todas as sensações...
No entanto, essa pessoa cometia um erro, um não, dois!
Nós somos demasiado pequenos para conseguir abarcar todo o mundo. É mais ou menos aquela imagem de ver-mos o nosso planeta de fora e ele ser constituido de tantos pontinhos que nem os conseguimos diferenciar. Eles estão lá todos, mas estão todos tão interligados e são todos tão infimos que acabam por não existir sozinhos mas como um todo, e é assim que conseguimos absorver as imagens que nos são transmitidas pela televisão, um conjunto de pixeis fazem uma imagem...
Quanto a este ponto, apenas tenho a dizer que se deveria traçar caminhos para as nossas vidas. Que nos é impossivel absorver tudo e todos e que temos de ver o que será mais importante para nós quando formos velhinhos...não nos acomodarmos, é certo, mas traçarmos as nossas prioridades...
O segundo erro é de não direccionar esta visão global para ajudar o mundo. Esta visão seria bem mais util se fosse utilizada para o altruísmo que nos faz sentir tão bem, como se a ajuda ao próximo fizesse parte da condição humana, como se, sem ela, nós não fossemos Humanos...
Pois, e se derrepente a nossa vida fosse terminar sem mais?... e se derrepente não tivessemos mais hipoteses de mudar? Aí quereriamos mudar?
Eu de certeza que quereria e de certeza que aí veria que mudar seria algo com o qual eu não poderia viver...
Nós achamos sempre que a mudança é algo que temos de fazer..tal qual aquelas resoluções de ano novo. A partir do ano novo vou deixar de fumar, vou gastar menos dinheiro, vou fazer dieta, vou blá, blá blá... Mas um dia não vai haver passagem de ano, um dia não vai haver data marcada, um dia não teremos mais dias...
E que tal, como no filme "Bucket List" fazermos uma listinha das coisas mais importantes para nós, das coisas que gostariamos de fazer na vida?
Acho que seria uma excelente ideia!!!
Se calhar não chegariamos ao fim da vida a pensar que havia tantas coisas para fazer que não foram feitas.
E se as fizermos a dois? Com a pessoa de quem gostamos e partilharmos todos os sabores e dissabores que a caminhada a que nos propomos nos trará?
Vou pensar na minha lista...

quinta-feira, 6 de março de 2008






A mão dela tocou-lhe no ombro

A dele envolveu a esguia cintura
que há muito o pedia.
O arrepio estava instalado.

Quando os rostos se tocaram

Perdeu-se o pensar,

Ganhou-se o sentir,

A vontade de continuar,

O desejo de nunca parar.

Foram só alguns instantes,

Não era preciso mais,

Não era preciso mais.

Nenhum se apercebeu...

estavam rendidos.
Os olhos entrecruzaram-se

a medo...

Os rostos roçaram de novo.

Os olhares encontraram-se,

Com terror.

Os corpos tremiam

o coração parou.

Se morre-se, ela morria feliz.

nenhum queria parar,

Aquele era o mundo deles.

mais uma vez e outra

os olhos se fixaram,

a intimidade, alojou-se nos dois corpos,

Que agora imunes ao mal,

continuavam

Insinuantemente colados!

Quando ela abriu os olhos

Regressou à infeliz realidade,

eram apenas momentos

de eterna felicidade!

22.05.1998

segunda-feira, 25 de fevereiro de 2008

ontem aconteceu algo na minha vida que me fez pensar: "Realmente, o amor não escolhe idades!!"
Mas esta frase não se limita ao velho brocardo de um homem de 60 se apaixonar por uma rapariga de 20 ou vice-versa. Esta frase diz-nos mais que isso, nesta frase está contida a frase: "O amor é vivido da mesma forma com 15 ou 33 anos!"
O amor faz-nos rir e chorar, traz-noz sentimentos de raiva e de compaixão, faz-nos subir e descer, faz-nos tocar e afastar, faz-nos viver e faz-nos morrer...
É engraçado, quando olhamos alguem que sofre de amor vemos uma pessoa simplesmente vunerável à merce do outro, ao sabor dos caprichos do outro, ao sabor das maldades e das alegrias.
A pessoa está ali com o coração apertado como se não conseguisse viver sem o outro, sem a pessoa, sem o sentimento! Mas a verdade é que conseguimos...
Ontem queria transmitir isso a uma pessoa... queria mostrar-lhe que a vida não é tão dificil assim, que o que não nos mata torna-nos mais fortes, que enquanto há vidam há esperança, mas acho que não consegui...
A pessoa estava tão envolta no seu sofrimento, estava tão embrenhada na sua solidão que não via esperança, que não tinha forças. Forças para reagir, forças para pensar, forças para viver...
Mas, não é isto que é a vida? Viver intensamente todas as alegrias e tristezas??? Bater no fundo, bem fundo e sofrer desmesuradamente para se erguer e alcançar a particula de felicidade que lá estava à espera? Para depois a inspirar, sentir, absorver até à sua ultima molécula, como se ela não fosse mais acabar!??!!?
Não é a vida senão um viver de emoções continuadas que se interligam num passo de valsa, ora para a frente, ora para trás e que nos embalam na melodia pautada pelas teclas de um piano que nos invadem a alma!??!
Quem vive intensamente tem o melhor e o pior de dois mundos... mas só poderá ser certamente feliz, pois a vida não é mais do que um conjunto de emoções e sentimentos. Quem vive intensamente os seus sentimentos e emoções, VIVE!
Se se tem medo de as viver, então não vive, então, apenas percorre o limbo infinito de uma vida efémera sem tocar nas feridas mas também sem tocar no cheiro, na luz, sem tocar na pele, sem tocar na musica, sem tocar... na Vida!
É assim que a vida é!

Perdidos e achados - Apelo


Já alguma vez se sentiram perdidos na vossa propria vida? Não acham estranho a frase: "Estou perdido na vida!"

Sempre achei esta frase um pouco estranha, a nossa vida não é um conjunto de decisões que tomamos ao longo dos anos da nossa existência?

Pois é, mas hoje sinto-me perdida na minha própria vida!

Estou perdida nocaminho que eu propria tracei e escolhi...

Estou perdida no meu corpo...

Estou perdida na minha mente...

Confesso que procurei na minha mente mas ela é tão infinita e profunda, que tive medo!

Procurei no meu corpo, em cada dedo, em cada osso, em cada curva, em cada orgão mas ele é tão complexo que não consegui encontrar-me...

Procurei no caminho que escolhi. Podia ser que me tivesse lembrado de deixar cair grãos de areia para depois o tomar de volta, mas acho que deixei cair migalhas e os passarinhos comeram...

Procurei na minha vida, dei voltas e voltas para trás e para a frente, como se tivesse a rebobinar uma cassete VHS, mas não descobri em que altura me perdi!

Se ao menos eu tivesse um GPS, poderia escrever "Popota" e ele diria: "Vire à esquerda, vire à direita, a 500m" e... Voilá, encontraria a Popota, mas não tenho!!! Acho que ainda não aderi a essas tecnologias...

E sem o GPS o que faço????

Bem, pus-me a caminho... caminhei, caminhei, caminhei e não me encontrei! Estava preparada para fazer como os "gajos" que têm sempre problemas em mostrar que estão perdidos e em perguntar a alguem o caminho para... qualquer lado! Acho que são demasiado orgulhosos para mostrar que estão perdidos, enfim...

Continuei por mim a procurar, mas continuei sem me encontrar...

Bem, resolvi ser uma rapariga à seria e perguntar se alguem tinha visto a Popota. Comecei por perguntar aos meus pais, ao meu mano, aos meus amigos, mas todos a VIAM à sua frente...estranho estado este, todas a veêm menos eu?!?!?!?

Continuei sem me encontrar...

Como é possivel? No Natal havia tantas por aí, de todos os tamanhos e feitios, grandes, pequenas, gordas, eram livros, a Popota até aparecia na televisão!!

Será que foi aí que me perdi? Com tantas Popotas à minha volta, será que foi no Natal?!?!?

Pois é, perdi-me...

E agora??? Alguém viu a Popota?

quinta-feira, 7 de fevereiro de 2008

Fui passear olhando o mar...




Fui passear olhando o mar...
Às vezes um banco plantado à beira mar pode mostrar tanta coisa... ou esconder coisas que se sente mas não se pode mostrar, ou demonstrar.
Às vezes num banco plantado à beira mar pode-se voar, voar sem ter limites, voar sozinha, voar acompanhada, voar até às estrelas e não mais querer voltar.
O mar estava revolto mas também o estavam os meus pensamentos ora voavam, ora baixavam à terra e ficavam impregnados de pré-conceitos e decisões práticas que seriam necessárias tomar caso quizesse voltar a voar...
Voar como e porquê?
Porque quero eu voar agora? E logo agora?
E se o turbilhão de vento for mais forte? E se as asas partirem? E se... tantos se's...
Eu, que olhava os grãos de areia para construir castelos, agora olho as estrelas para construir galáxias... mas é mais dificil chegar às estrelas, estão tão altas!!!!!
Então voo por cima do mar só para sentir os salpicos das ondas que invadem a minha alma com o cheiro a sal, mas não me chega...quero subir, subir, subir...
A lua cai e toca no mar, será que ela me pode tocar? E as estrelas? Será que me podem iluminar? E os salpicos das ondas será que me podem molhar? E os grãos de areia será que me podem subterrar?
A marezia começou a pairou no ar e o frio começou a sentir-se, mas eu estava quente e não senti frio...



sábado, 19 de janeiro de 2008



Como uma vela bruxuleante
nas sombras brilhantes de uma escuridão perene
ou uma fresca dança exótica que alegra, sozinha,
uma sala de negras monotonias,
a sua alvura amarela manchada
surgiu, ela própria manchando,
a escuridão imaculada dos pirilampos.

Ergueu-se
Dourada, avermelhada
de um horizonte de sombras nocturnas,
para, com um pálido dourado,
se esconder num manto de negrumes,
pintando-o de mil sombras luminosas:
Timidas projecções da fecunda luz solar
Reflectida!

Arrasador de mentes e corações!
No seu circulo temivel de magia,
criador de desejos,
tentador de hereges,
corrompe para o mundo das sombras
a pureza da luz!
Quantas vezes maldito!...
Quantas vezes sonhado e desejado!...
Para ser abandonado à sorte
de quem nada tem e
nada pode fazer.
Indiferente...

Levantei-me hoje
no misticismo dos segredos
que a natureza reserva ainda.
Ergui-me do buraco
que a mente humana criou.
Inadvertida e ignorante.
Surge-me de novo com esplendor
e evocador de estranhos medos,
receios esquecidos...

Sentimento esquecido!...
Sonho desfigurado!...
Mostra de novo a sua face.
Tenta mais uma vez
Com os olhos fechados
Iluminar-me a escuridão
E abrir-me as portas da luz!
Revela-me novamente
os mil segredos escondidos
Na Natureza recatada.
Corrompe-me para esse mundo,
Secreto e desconhecido!

Ilumina-me o caminho,
Sabio de outros tempos,
antes que a aurora se levante,
antes que a aurora redesenhe
este mundo de doces escuridões,
e me dê o sentido perdido
da luz de mil amanhãs
esquecidas nas memorias.
Que ilumine o meu caminho...
O Amor!!!...

sexta-feira, 18 de janeiro de 2008

Gotas de Chuva

Milhões de lágrimas correm na face das pessoas
Lágrimas que escorrem vazias
Por entre os poros abertos
Da textura amarga
Do desenrolar das vidas...

Mas,
Ninguem as vê!

Se eu pudesse chorar...
Sem ter receio
Choraria lágrimas vindas dos olhos,
Mas rolariam gotas de vidro geladas...

Queria apenas que as lágrimas caíssem
Que dançassem na minha face
Que sem rodeios se despedissem
Que deslizassem no meu pescoço
e com elas levassem a acrimónia
Carregada pelas gotas de chuva
que caem no chão das nossas vidas...

Se ao menos alguem recolhesse as minhas lágrimas
E pintasse o céu,
Se ao menos alguem secasse as minhas lágrimas
E transformasse em gotas de cristal...

Mas,
Quando as lágrimas correm devagar
ou param no meio do rosto
Ninguem vê... e tento secá-las!
Não consigo impedir que elas corram,
Tenho medo mas não quero pará-las
Queria apenas que elas caíssem
Mas caem devagar...
Então, faltam palavras e sobram lágrimas.

As lágrimas não são simples gotas de água
São lágrimas de chuva
Que caem para partilhar
O segredo das nuvens
Que invadem a aurora.

Porque choram milhões de pessoas?
Como se as lágrimas falassem!!!!!

terça-feira, 15 de janeiro de 2008

segunda-feira, 14 de janeiro de 2008

A sad day...




...and then he said:
- What´s that in your eyes?
He touched me. Yes, I was crying!
For many time I've tried, but now I'm too tired to wait.
No reason why, just need to cry...
And than he said:
- I'm sorry I asked.
He kissed me and took this pain of my chest.
Each tear that fell down vanished in the ground...
No need to dry. Just need to cry!!!

domingo, 13 de janeiro de 2008

Transpareço na escuridão
Por entre passos que não dei
Formas que não criei...
Caminho parada na confusão.
transpareço na luz do dia,
Por entre raios que não vejo.
Luz irradiante que temo,
Caminho parada na fantasia.
Cores escuras que não quero,
Vivencias duras, desespero...
Por entre dunas
Que subo e desço
Quebro o amor
Enraiveço!!!
Gritos calados tentam sair
Beijos molhados
me tentam despir
Olhos fechados tentam abrir...
Quebra-se o silêncio
Num olhar fatal
Solta-se a raiva
Num murmurio letal
Gestos falados
me têm calada,
Caminho parada
de olhos fechados...

27.09.1999

sábado, 5 de janeiro de 2008

Um dia de chuva!

Que dia de chuva! Ainda por cima a chuva molha parvos! É um optimo dia para ficar em casa a ler um livro, a ver um filme, ou simplemente a refletir sobre a vida... Sim, sim, as Popotas tambem pensam sobre a vida!!! mas antes fui às compras e é incrivel como as pessoas têm paciência para andar, desmesuradas, atrás de roupa barata, toda atafolhada umas nas outras, que nem as cores se consegue percepcionar...Lol.
Depois sim, enfim em casa para pensar...pensar...pensar... Em que pensam as Popotas?
Pensam nos seus afazeres, pensam na sua familia, pensam nas melhores formas de organizar as suas vidas, pensam nas suas emoções...
Emoções, sentimentos...muitos acham balelas, eu acho simplesmente que são o motor do mundo, a força impulsionadora de tudo e de todos.. Daí que seja importante que todos pensem neles (nas emoções, nos sentimentos), que todos procurem entende-los, interpretá-los, decifrá-los e conhecê-los o melhor que consigam, para que possamos viver a nossa vida com a maior coerencia possivel e sempre, sempre fiel aos nossos sentimentos...
Num dia de chuva p0odemos sentir nostalgia, sim, é um sentimento tipico de um dia de chuva, mas se tivermos as coisas certas, a pessoa certa, o contexto ideal, podemos transformar a nostalgia em romantismo e aproveitar tudo o que um dia de chuva nos dá! Pensem, simplemente nos dias de chuva e de todas as recordações que eles vos trazem e aproveitem para lavar a "alma" na chuva que cai lá fora e rejuvenescer...