segunda-feira, 21 de abril de 2008

Nunca é tarde...


Chamou-me à realidade, que eu já sabia existir, mas que me recusava aceitar, que nunca é tarde para vivermos os nossos sonhos. Isto pode parecer demasiado idealista mas era assim que deveria ser...
Vivemos a vida demasiado embrenhados no dia a dia, na monotonia do que é conseguir ganhar dinheiro para ter uma vida melhor e esquece-mo-nos de tudo o resto... Sentimentos, emoções, valores, principios...
Como seria se escolhessemos como queriamos que fosse a nossa vida? Certamente, eu não estaria neste momento a trabalhar, não teria despesas para pagar, não teria horários para cumprir.
Se calhar eu estaria num qualquer país a usufruir de magnificas paisagens, com os meus amigos, com novos amigos, se calhar estaria a ajudar alguém que precisaria de apoio, de colo, de conforto, se calhar estaria a saltar de um avião e flutuar com um pára-quedas nas ondas do vento como se pudesse voar...
Um dia conheci uma pessoa que não se contentava com a vida tal e qual como ela é. Que queria desbravar o mundo em busca de algo que desconhecia, que não conseguia viver apenas neste pequeno quadradinho que é a nossa vida mas que tinha uma visão muito mais global do que é estar vivo. Acho que seria assim que a maioria das pessoas quereria viver. Quereria vaguear pelo mundo a descobrir o desconhecido, a experiênciar tudo e todos, a absorver todos os cheiros, a sentir todos os sabores a ver todas as cores, a tactear todas as sensações...
No entanto, essa pessoa cometia um erro, um não, dois!
Nós somos demasiado pequenos para conseguir abarcar todo o mundo. É mais ou menos aquela imagem de ver-mos o nosso planeta de fora e ele ser constituido de tantos pontinhos que nem os conseguimos diferenciar. Eles estão lá todos, mas estão todos tão interligados e são todos tão infimos que acabam por não existir sozinhos mas como um todo, e é assim que conseguimos absorver as imagens que nos são transmitidas pela televisão, um conjunto de pixeis fazem uma imagem...
Quanto a este ponto, apenas tenho a dizer que se deveria traçar caminhos para as nossas vidas. Que nos é impossivel absorver tudo e todos e que temos de ver o que será mais importante para nós quando formos velhinhos...não nos acomodarmos, é certo, mas traçarmos as nossas prioridades...
O segundo erro é de não direccionar esta visão global para ajudar o mundo. Esta visão seria bem mais util se fosse utilizada para o altruísmo que nos faz sentir tão bem, como se a ajuda ao próximo fizesse parte da condição humana, como se, sem ela, nós não fossemos Humanos...
Pois, e se derrepente a nossa vida fosse terminar sem mais?... e se derrepente não tivessemos mais hipoteses de mudar? Aí quereriamos mudar?
Eu de certeza que quereria e de certeza que aí veria que mudar seria algo com o qual eu não poderia viver...
Nós achamos sempre que a mudança é algo que temos de fazer..tal qual aquelas resoluções de ano novo. A partir do ano novo vou deixar de fumar, vou gastar menos dinheiro, vou fazer dieta, vou blá, blá blá... Mas um dia não vai haver passagem de ano, um dia não vai haver data marcada, um dia não teremos mais dias...
E que tal, como no filme "Bucket List" fazermos uma listinha das coisas mais importantes para nós, das coisas que gostariamos de fazer na vida?
Acho que seria uma excelente ideia!!!
Se calhar não chegariamos ao fim da vida a pensar que havia tantas coisas para fazer que não foram feitas.
E se as fizermos a dois? Com a pessoa de quem gostamos e partilharmos todos os sabores e dissabores que a caminhada a que nos propomos nos trará?
Vou pensar na minha lista...

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