quinta-feira, 7 de fevereiro de 2008

Fui passear olhando o mar...




Fui passear olhando o mar...
Às vezes um banco plantado à beira mar pode mostrar tanta coisa... ou esconder coisas que se sente mas não se pode mostrar, ou demonstrar.
Às vezes num banco plantado à beira mar pode-se voar, voar sem ter limites, voar sozinha, voar acompanhada, voar até às estrelas e não mais querer voltar.
O mar estava revolto mas também o estavam os meus pensamentos ora voavam, ora baixavam à terra e ficavam impregnados de pré-conceitos e decisões práticas que seriam necessárias tomar caso quizesse voltar a voar...
Voar como e porquê?
Porque quero eu voar agora? E logo agora?
E se o turbilhão de vento for mais forte? E se as asas partirem? E se... tantos se's...
Eu, que olhava os grãos de areia para construir castelos, agora olho as estrelas para construir galáxias... mas é mais dificil chegar às estrelas, estão tão altas!!!!!
Então voo por cima do mar só para sentir os salpicos das ondas que invadem a minha alma com o cheiro a sal, mas não me chega...quero subir, subir, subir...
A lua cai e toca no mar, será que ela me pode tocar? E as estrelas? Será que me podem iluminar? E os salpicos das ondas será que me podem molhar? E os grãos de areia será que me podem subterrar?
A marezia começou a pairou no ar e o frio começou a sentir-se, mas eu estava quente e não senti frio...



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